Rubiaceae

Duroia valesca C.H.Perss. & Delprete

Como citar:

Marta Moraes; Patricia da Rosa. 2018. Duroia valesca (Rubiaceae). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

VU

EOO:

77.147,838 Km2

AOO:

32,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

Duroia valesca é uma espécie endêmica do Brasil, a espécie ocorre na BAHIA: municípios Almandina (Jardim 1367), Camacan (Person 2231), Itamarajú (Monteiro 23575); ESPÍRITO SANTO: Linhares (Silva 281); MINAS GERAIS: Caratinga (Lopes 836), Marliéria (Costa s.n.).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2018
Avaliador: Marta Moraes
Revisor: Patricia da Rosa
Critério: B2ab(i,ii,iii)
Categoria: VU
Justificativa:

Árvore de até 29 metros de altura endêmica do Brasil (Flora do Brasil 2020 em construção, 2018), que habita a Mata Atlântica, na Floresta Ombrófila e na Mata de Tabuleiro. A espécie ocorre nos estados da Bahia, municípios de Almandina, Camacan e Itamaraju; Espírito Santo, município de Linhares; e Minas Gerais, municípios de Caratinga e Marliéria. Apresenta AOO=32 km² e seis situações de ameaça. A principal ameaça à espécie no Sul da Bahia é a perda de hábitat, sendo maior que 90% em alguns municípios (SOS Mata Atlântica/INPE, 2011). A região do médio rio Doce apresenta remanescentes de florestas que sofreram diferentes graus de perturbação, seja pela ação de desmatamentos, corte seletivo de madeira e/ou fogo (França e Stehmann, 2013). A implantação de culturas de cana-de-açúcar (Mendonza et al., 2000), silvicultura com Eucalyptus spp - espécie exótica (Ibá, 2015) e da pecuária como sequência ao desmatamento está presente em toda a área de ocorrência da espécie (Lapig, 2018). Embora coletada em quatro Unidades de Conservação, infere-se que haja declínio contínuo de EOO, AOO e qualidade do hábitat da espécie.

Último avistamento: 2014
Quantidade de locations: 6
Possivelmente extinta? Não

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Duroia valesca C.H.Perss. & Delprete é uma espécie nativa e endêmica do Brasil. A espécie foi descrita em 2010 na revista Nordic Journal of Botany 28: 255–527. O material tipo é Silva 281, foi coletado no Espírito Santo e encontra-se depositado nos herbários CVRD (Holótipo), GB, NY (Isótipos) (Flora do Brasil 2020, em construção, 2018). O nome vernáculo é Sapequeiro da Mata.

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido
Detalhes: Não é conhecido o valor econômico da espécie.

População:

Detalhes: Não existem estudos das populações.

Ecologia:

Substrato: terrestrial
Forma de vida: tree
Longevidade: perennial
Biomas: Mata Atlântica
Vegetação: Floresta Ombrófila (Floresta Pluvial)
Habitats: 1 Forest
Detalhes: Duroia valesca é uma árvore de até 29 metros de altura, terrestre, perene que ocorre na Mata Atlântica na Floresta Ombrófila (Flora do Brasil 2020, em construção, 2018) e na Mata de Tabuleiro (Silva 281).

Reprodução:

Detalhes: Duroia valesca é uma planta dióica, as inflorescências Masculinas são fasciculadas e possui 12-22 flores; as inflorescências femininas são sésseis e solitárias (Person & Delprete, 2010). A espécie floresce em janeiro (Jardim 1367), abril (Mori s.n.), novembro (Monteiro 23575) e dezembro (Silva 281); e produz frutos em agosto (Folli 2372).
Fenologia: flowering (Apr~Apr), flowering (Nov~Jan), fruiting (Aug~Aug)
Sistema sexual: dioecious
Referências:
  1. Persson, C., Delprete, P.G., 2010. Cordiera longicaudata sp. nov. and Duroia valesca sp. nov. of the Alibertia group (Gardenieae–Rubiaceae). Nordic Journal of Botany, 28(5), 523-527.

Ameaças (4):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 5.3 Logging & wood harvesting locality,habitat past,present,future regional high
Hoje, grande parte das florestas úmidas do sul da Bahia estão fragmentadas como resultado da atividades humanas realizadas no passado, tais como o corte madeireiro e implementação da agricultura. Alguns municípios da Bahia tiveram perda de habitat maior do que 90% (SOS Mata Atlântica/INPE, 2011).
Referências:
  1. Fundação SOS Mata Atlântica/ INPE, 2011. Atlas dos remanescentes florestais da Mata Atlântica - período 2008-2010, São Paulo. http://www.inpe.br/noticias/arquivos/pdf/atlasrelatoriofinal.pdf. (acesso em 26 julho 2018).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 2.3 Livestock farming & ranching locality,habitat past,present,future regional high
O município de Linhares possui 35% de sua área ocupada por pastagem (Lapig, 2018)
Referências:
  1. LAPIG, 2018. http://maps.lapig.iesa.ufg.br/lapig.html. (acesso em julho de 2018)
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 5.3 Logging & wood harvesting locality,habitat past,present,future regional high
A região do médio rio Doce apresenta remanescentes de florestas que sofreram diferentes graus de perturbação, seja pela ação de desmatamentos, corte seletivo de madeira e/ou fogo (França e Stehmann, 2013).
Referências:
  1. França, G.S., Stehmann, J.R., 2013. Florística e estrutura do componente arbóreo de remanescentes de Mata Atlântica do médio rio Doce, Minas Gerais, Brasil. Rodriguésia 64, 607–624.
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 2.3 Livestock farming & ranching locality,habitat past,present,future regional high
A Estação Biológica de Caratinga compreende 880 ha de matas que, na maior parte, sofreram variadas formas de exploração, desde o corte seletivo até a derrubada total para o estabelecimento de pastagens (Lombardi; Gonçalves, 2000)
Referências:
  1. Lombardi, J.A.; Gonçalves, M., 2000. Composição florística de dois remanescentes de Mata Atlântica do sudeste de Minas Gerais, Brasil. Revista Brasileira de Botânica, 23(3):255-282.

Ações de conservação (1):

Ação Situação
1.1 Site/area protection on going
Duroia valesca ocorre na RPPN Serra Bonita de Camacan (Person 2231); na Reserva Natural da Vale do Rio Doce (Silva 281); na Estação Biológica de Caratinga (Lopes 836) e no Parque Estadual do Rio doce (Costa s.n.).